Soninha Capeta: Um luxo só Agora ela é personagem do belo documentário “Mulatas! Um tufão nos quadris”, que estreia sexta-feira, Soninha Capeta tem é história para contar. Ex-rainha de bateria da Beija-Flor e atualmente destaque da escola de Nilópolis, a mulata de 47 anos conta no filme detalhes de sua vida que surpreendem quem só a vê na Sapucaí: já morou na rua, mal sabe assinar o nome, sofreu com a morte do filho e hoje se considera casada com uma mulher, uma mãe de santo avessa ao samba, a quem se refere ora por marido, ora por esposa.Soninha Capeta ainda diz : "Mulher é mais carinhosa, companheira. Não sei o dia de amanhã, mas hoje não quero saber de homem!" conta ela, que teve três filhos e quatro netos, acrescentando que não sofre preconceito: "Se não respeitarem, a gente sai na porrada! (risos) Não dou confiança, não me importo com a sociedade. Estou feliz".Querida pela comunidade, ela não pensou duas vezes antes de abrir mão da faixa de rainha há oito anos para Raíssa, no cargo até hoje: "Se eu não saísse, não daria chance para outras garotas. Nunca tive medo, tudo que tenho foi conquistado".Roteirista do filme, dirigido por Walmor Pamplona, o jornalista Aydano André Motta, que cobre carnaval há 23 anos, considera Sônia uma das grandes dançarinas do samba: "Ela tem um jeito de sambar diferente de todo mundo, só com o quadril, é impressionante. Esse filme é uma homenagem às musas do carnaval, que são verdadeiras artistas".Este ano, Sônia desfila como rainha da Três Corações, de Nova Iguaçu, e no sétimo carro da Beija-Flor. Aliás, o encontro com o homenageado Roberto Carlos garantiu grandes emoções: "Chorei tanto! E ele secou minhas lágrimas, é um cavalheiro".Longe da folia, Sônia trabalha como cabeleireira em Nilópolis, na casa que ganhou da escola do coração."A Beija-Flor é tudo para mim, é meu pai e minha mãe, e me apoiou sempre que precisei. Quando perdi meu filho (aos 21 anos, baleado), eles pagaram o enterro. Fiquei louca, não saía, nem penteava o cabelo. A escola foi um incentivo para voltar à realidade. Nunca perdi meu amor pelo samba" diz Soninha.
Soninha Capeta: Um luxo só Agora ela é personagem do belo documentário “Mulatas! Um tufão nos quadris”, que estreia sexta-feira, Soninha Capeta tem é história para contar. Ex-rainha de bateria da Beija-Flor e atualmente destaque da escola de Nilópolis, a mulata de 47 anos conta no filme detalhes de sua vida que surpreendem quem só a vê na Sapucaí: já morou na rua, mal sabe assinar o nome, sofreu com a morte do filho e hoje se considera casada com uma mulher, uma mãe de santo avessa ao samba, a quem se refere ora por marido, ora por esposa.Soninha Capeta ainda diz : "Mulher é mais carinhosa, companheira. Não sei o dia de amanhã, mas hoje não quero saber de homem!" conta ela, que teve três filhos e quatro netos, acrescentando que não sofre preconceito: "Se não respeitarem, a gente sai na porrada! (risos) Não dou confiança, não me importo com a sociedade. Estou feliz".Querida pela comunidade, ela não pensou duas vezes antes de abrir mão da faixa de rainha há oito anos para Raíssa, no cargo até hoje: "Se eu não saísse, não daria chance para outras garotas. Nunca tive medo, tudo que tenho foi conquistado".Roteirista do filme, dirigido por Walmor Pamplona, o jornalista Aydano André Motta, que cobre carnaval há 23 anos, considera Sônia uma das grandes dançarinas do samba: "Ela tem um jeito de sambar diferente de todo mundo, só com o quadril, é impressionante. Esse filme é uma homenagem às musas do carnaval, que são verdadeiras artistas".Este ano, Sônia desfila como rainha da Três Corações, de Nova Iguaçu, e no sétimo carro da Beija-Flor. Aliás, o encontro com o homenageado Roberto Carlos garantiu grandes emoções: "Chorei tanto! E ele secou minhas lágrimas, é um cavalheiro".Longe da folia, Sônia trabalha como cabeleireira em Nilópolis, na casa que ganhou da escola do coração."A Beija-Flor é tudo para mim, é meu pai e minha mãe, e me apoiou sempre que precisei. Quando perdi meu filho (aos 21 anos, baleado), eles pagaram o enterro. Fiquei louca, não saía, nem penteava o cabelo. A escola foi um incentivo para voltar à realidade. Nunca perdi meu amor pelo samba" diz Soninha.
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