30 de janeiro:Dia Mundial de Combate a Hanseniase
30 de janeiro: Dia Mundial de combate a Hanseníase
1. Qual a classificação da hanseníase? A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: • Paucibacilar – poucos bacilos -: até 5 lesões de pele . Multibacilar – muitos bacilos -: mais de 5 lesões de pele.
2. Quais os sinais e sintomas? • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; • Área de pele seca e com falta de suor; • Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas; • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber; • Sensação de formigamento (Parestesias); • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. • Úlceras de pernas e pés. • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. • Febre, edemas e dor nas juntas. • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz. • Ressecamento nos olhos. Locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
3. Como se transmite? A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo.O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. Importante: Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença. Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.
4. Quais são os fatores de risco para a hanseníase? Apesar de muitas pessoas contraírem o bacilo poucas adoecem. Isso porque a maioria das pessoas tem boa resistência ao mesmo. Situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e a propagação da hanseníase. Esta doença pode atingir pessoas de ambos os sexos em qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada, adoece. 5. Qual o período de incubação? Em média de 2 a 5 anos.
6. Como as pessoas podem suspeitar que estão com hanseníase? Os sinais e sintomas mais freqüentes da hanseníase são manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar em qualquer parte do corpo, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
7. Como confirmar o diagnóstico? A confirmação do diagnóstico é feita pelo médico por meio de exame clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica. 8. Como é o tratamento da hanseníase? O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a classificação operacional, sendo: • Paucibacilares: rifampicina, dapsona – 6 doses em até 9 meses; • Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses; O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa. A regularidade do tratamento e o início mais precoce levariam a cura da hanseníase mais rápida e segura.
9. Como prevenir a hanseníase? Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como: • diagnóstico e tratamento precoces; • exame das pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente; • aplicação da BCG (ver item vacinação).
10. Como se realiza a prevenção de incapacidades? A prevenção de incapacidades (PI) é uma atividade que se inicia com o diagnóstico precoce, tratamento com PQT, exame dos contatos e BCG, identificação e tratamento adequado das reações e neurites e a orientação de autocuidado, bem como apoio emocional e social. A Prevenção de Incapacidades se faz necessária também em alguns casos após a alta de PQT (reações, neurites e deformidades em olhos, mãos e pés). A avaliação neurológica, classificação do grau de incapacidade, aplicação de técnicas de prevenção e a orientação para o autocuidado são procedimentos que precisam ser realizados nas unidades de saúde. Estas medidas são necessárias para evitar seqüelas, tais como: úlceras, perda da força muscular e deformidades (mãos em garra, pé caído-sem força para levantar o pé-, lagoftalmo – incapacidade parcial ou total de fechar as pálpebras). Recomenda-se o encaminhamento às unidades de referencia os casos que não puderem ser resolvidos nas unidades básicas. 11. Como proceder em caso que requer reabilitação? Os pacientes diagnosticados tardiamente e com deformidades físicas deverão ser encaminhados para unidades de referência onde poderão se beneficiar de tratamento adequado, como a cirurgia, exercícios pré e pós-operatórios e o autocuidado, bem como da indicação de próteses e/ou órteses. O objetivo é proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas com hanseníase e/ou suas sequelas.
12. Gravidez e o aleitamento A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam o tratamento poliquimioterápico da hanseníase que são seguros tanto para a mãe como para a criança. Alguns dos medicamentos podem ser eliminados pelo leite, mas não causam efeitos adversos importantes. Os lactentes, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada pela Clofazimina, ocorrendo à regressão gradual da pigmentação, após a parada do tratamento.
13. Vacinação BCG (BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN) Toda pessoa que reside ou residiu nos últimos cinco anos com doente de hanseníase, sem presença de sinais e sintomas de hanseníase no momento da avaliação, deve ser examinada e orientada a receber a vacina BCG para aumentar a sua proteção contra a hanseníase. Deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina específica para a hanseníase. Estudos realizados no Brasil e em outros países verificaram que o efeito protetor da BCG na hanseníase variava de 20 a 80%, concedendo maior proteção para as formas multibacilares da doença. Em alguns casos o aparecimento de sinais clínicos de hanseníase, logo após a vacinação, pode estar relacionado com o aumento da resposta imunológica em indivíduo anteriormente infectado
Descrição da doença A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 anos Antes de Cristo, e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen. O bacilo de Hansen é um micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico. Atualmente a hanseníase tem tratamento e cura.
1. Qual a classificação da hanseníase? A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: • Paucibacilar – poucos bacilos -: até 5 lesões de pele . Multibacilar – muitos bacilos -: mais de 5 lesões de pele.
2. Quais os sinais e sintomas? • Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; • Área de pele seca e com falta de suor; • Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas; • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber; • Sensação de formigamento (Parestesias); • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés; • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos. • Úlceras de pernas e pés. • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. • Febre, edemas e dor nas juntas. • Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz. • Ressecamento nos olhos. Locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
3. Como se transmite? A transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB), estando sem tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem porque a maioria tem capacidade de se defender contra o bacilo.O contato direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar. Importante: Assim que a pessoa doente começa o tratamento deixa de transmitir a doença. Ela não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar e pode manter relações sexuais com seu parceiro ou parceira.
4. Quais são os fatores de risco para a hanseníase? Apesar de muitas pessoas contraírem o bacilo poucas adoecem. Isso porque a maioria das pessoas tem boa resistência ao mesmo. Situações de pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e a propagação da hanseníase. Esta doença pode atingir pessoas de ambos os sexos em qualquer idade em áreas endêmicas. Entretanto, é necessário um longo período de exposição e apenas uma pequena parcela da população infectada, adoece. 5. Qual o período de incubação? Em média de 2 a 5 anos.
6. Como as pessoas podem suspeitar que estão com hanseníase? Os sinais e sintomas mais freqüentes da hanseníase são manchas e áreas da pele com diminuição de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar em qualquer parte do corpo, principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
7. Como confirmar o diagnóstico? A confirmação do diagnóstico é feita pelo médico por meio de exame clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica. 8. Como é o tratamento da hanseníase? O tratamento específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a classificação operacional, sendo: • Paucibacilares: rifampicina, dapsona – 6 doses em até 9 meses; • Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina – 12 doses em até 18 meses; O paciente vai ao serviço mensalmente tomar a dose supervisionada pela equipe de saúde, e pegar a medicação para as doses que ele toma diariamente em casa. A regularidade do tratamento e o início mais precoce levariam a cura da hanseníase mais rápida e segura.
9. Como prevenir a hanseníase? Apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como: • diagnóstico e tratamento precoces; • exame das pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente; • aplicação da BCG (ver item vacinação).
10. Como se realiza a prevenção de incapacidades? A prevenção de incapacidades (PI) é uma atividade que se inicia com o diagnóstico precoce, tratamento com PQT, exame dos contatos e BCG, identificação e tratamento adequado das reações e neurites e a orientação de autocuidado, bem como apoio emocional e social. A Prevenção de Incapacidades se faz necessária também em alguns casos após a alta de PQT (reações, neurites e deformidades em olhos, mãos e pés). A avaliação neurológica, classificação do grau de incapacidade, aplicação de técnicas de prevenção e a orientação para o autocuidado são procedimentos que precisam ser realizados nas unidades de saúde. Estas medidas são necessárias para evitar seqüelas, tais como: úlceras, perda da força muscular e deformidades (mãos em garra, pé caído-sem força para levantar o pé-, lagoftalmo – incapacidade parcial ou total de fechar as pálpebras). Recomenda-se o encaminhamento às unidades de referencia os casos que não puderem ser resolvidos nas unidades básicas. 11. Como proceder em caso que requer reabilitação? Os pacientes diagnosticados tardiamente e com deformidades físicas deverão ser encaminhados para unidades de referência onde poderão se beneficiar de tratamento adequado, como a cirurgia, exercícios pré e pós-operatórios e o autocuidado, bem como da indicação de próteses e/ou órteses. O objetivo é proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas com hanseníase e/ou suas sequelas.
12. Gravidez e o aleitamento A gravidez e o aleitamento materno não contra-indicam o tratamento poliquimioterápico da hanseníase que são seguros tanto para a mãe como para a criança. Alguns dos medicamentos podem ser eliminados pelo leite, mas não causam efeitos adversos importantes. Os lactentes, porém, podem apresentar a pele hiperpigmentada pela Clofazimina, ocorrendo à regressão gradual da pigmentação, após a parada do tratamento.
13. Vacinação BCG (BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN) Toda pessoa que reside ou residiu nos últimos cinco anos com doente de hanseníase, sem presença de sinais e sintomas de hanseníase no momento da avaliação, deve ser examinada e orientada a receber a vacina BCG para aumentar a sua proteção contra a hanseníase. Deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina específica para a hanseníase. Estudos realizados no Brasil e em outros países verificaram que o efeito protetor da BCG na hanseníase variava de 20 a 80%, concedendo maior proteção para as formas multibacilares da doença. Em alguns casos o aparecimento de sinais clínicos de hanseníase, logo após a vacinação, pode estar relacionado com o aumento da resposta imunológica em indivíduo anteriormente infectado
Descrição da doença A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 anos Antes de Cristo, e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen. O bacilo de Hansen é um micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico. Atualmente a hanseníase tem tratamento e cura.
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